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Revista Origens no4

22 MATÉRIA ESPECIAL por Marcelo Pereira Surcin, Maria Fernanda Magri, Mariana Penteado, Bianca Bispo e Julia Pinto que trabalho. É muito raro quando acontece o contrário. O meu ambiente de trabalho é incrível”, diz Giulia, que sempre gostou dos personagens do mundo mágico das crianças. Como toda profi ssão tem suas experiências desagradáveis, para as princesas é decepcionante quando as crianças tentam expor sua verdadeira identidade. “Nunca é agradável quando as crianças acham que você é alguém fantasiado, que está de peruca e tentam provar isso pra você. O mais chato é que na maioria das vezes que isso acontece, a criança não quer só mostrar pra mim que não sou eu mesma, e sim pra outras crianças que ainda acreditam”, conta a princesa. Para a atriz Naomy Schölling, dar vida a diferentes personagens é um grande desafi o. “Somos sempre nós que estamos interpretando os diversos personagens. Portanto, por mais que tentemos nos neutralizar, sempre haverá muito ‘nosso’ em cada personagem que fazemos. Mas é um desafi o, tentar criar pessoas que são diferentes da gente de alguma forma. Que tenham características diferentes, sejam físicas, sejam de caráter. Temos que tentar sair do que nos é ‘fácil’ e ‘confortável’ e tentar atingir outros níveis. Sair do nosso ‘cotidiano’ e chegar a um corpo diferente, uma voz diferente, um tique que não é nosso, que foi criado especialmente para aquele personagem”, conta. Naomy salienta, de qualquer forma, a importância de saber diferenciar realidade e fi cção. “Ficção é fi cção e realidade, realidade. O ator não ‘incorpora’ como alguns atores gostam de dizer. É um trabalho Marcos Mion iniciou sua carreira atuando na rede Globo em 1999, no seriado Sandy & Júnior. Um ano depois, Mion foi contratado pela MTV, com a estreia de seu primeiro programa relacionado à música, o Supernova, mas ganha destaque por seu humor infi ltrado em outro programa musical, chamado Piores Clipes do Mundo. Após sua explosão na MTV, o apresentador segue carreira na Rede Bandeirantes, onde apresentou o programa “Descontrole”. Sua história é marcada por criar grandes personagens, assim como pode ser visto atualmente em seu programa na Rede Record chamado Legendários. ORIGENS: Como você se sente em relação a ter um personagem de si mesmo? MARCOS MION: Começou há muitos anos, quando eu comecei a trabalhar na MTV. Desde muito cedo para mim é muito fácil e simples criar e dar vida a personagens diferentes, e como eu tinha o sonho de trabalhar na MTV, quando eu consegui realizar, para mim foi muito fácil criar um personagem que eu achava que era o que estava faltando dentro da emissora. Não é um personagem mentiroso, eu só destaquei uma parte de mim e foquei nela. O: Qual é a trajetória do “Mionzinho” na sua carreira? MM: Ele começou quando eu fi z um programa chamado Covernation. A MTV encomendou para mim um programa de bandas cover e aí criando o programa eu falei que ia fazer tudo cover, e que queria um cover meu até. Na época ainda a gente era muito mais parecido e a piada funcionou demais. Hoje o Mionzinho não é mais só o Mionzinho, ele é um personagem próprio, ele faz as consciente e dedicado”, explica. Por trás da criação Para a criação de um personagem é necessária criatividade e imaginação. Mauricio de Sousa, criador da “Turma da Mônica”, conta que sua inspiração vem da família, principalmente de seus fi lhos. “Quando se tem uma família grande, muitos fi lhos, os personagens vêm com facilidade. É só copiar o que a gente vê, sente e conhece. Comigo foi meio que assim, mas de vez em quando um personagem nasce do nada, da necessidade de uma nova fi gura para o desenvolvimento de uma historinha”, diz o cartunista. As HQs (histórias em quadrinhos) da Turma da Mônica surgiram em tirinhas de jornal em 1959. Entre 1960 e 1963 os personagens Mônica e Cebolinha ganharam destaque e passaram a ser os personagens centrais das Marcos Mion de


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