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Revista Origens no4

Revista Origens 2016 11 o caso da professora particular Ana Maria Quaresma, que acredita que, apesar de ser cada vez mais raro alguém ir às casas das pessoas dar aulas, o importante é não abandonar aquilo que se gosta de fazer. “Você tem que fazer o que o faz feliz sem se preocupar com o que os outros vão pensar ou se vai ganhar muito dinheiro. O segredo para o sucesso é a satisfação pessoal”, comentou a professora. Geração BOOKTUBER por Mariana Franco de Melo Aguera Na onda dos profissionais que produzem conteúdo para o Youtube, há aqueles que apostaram na combinação livros e internet. A febre da vez são os booktubers, pessoas que falam de livros na forma de vídeo, de uma forma descontraída e leve. Leem, anotam as suas impressões e o que acham importante ser dito, fazem um roteiro, gravam, editam e postam para milhares de jovens verem e comentarem. “No Youtube eu me sinto mais confortável de buscar indicações. Por um lado, por ser mais fácil encontrar pessoas com gostos parecidos com os meus e que podem me fazer indicações com chance de gostar e por outro, porque a maneira que expõem a opinião sobre os livros é divertida, prende minha atenção”, comenta Victor Aguiar, de 22 anos, que acompanha o Booktube desde 2013. Há pelo menos uns 20 canais dedicados ao tema. Alguns exemplos são: Cabine Literária, Geek Freak, Nathalia Cardoso leu, Tiny little things e Luan Felipe. Para fazer da atividade um trabalho, o primeiro passo é tratá-la profissionalmente. “Se você quer que o seu canal gere renda, você tem que começar a tratá-lo como um trabalho, que foi como eu cheguei no Youtube. Você deve se preocupar com o conteúdo, pois não adianta falar sobre o que gosta se as outras pessoas não gostarem, e requer investimento, ou seja, quando começar a dar renda compre um computador legal, um microfone melhor e seja comprometido, pois frequência é importante”, ensina Augusto Assis, membro do Cabine Literária. Sobre as perspectivas para o setor, Luan Felipe da Rosa, dono do canal “Luan Felipe”, enfatiza a diferença entre um booktuber e um crítico. “Nós nunca substituiremos a crítica especializada, pois nossa linguagem é mais informal, acho que os dois vão coexistir”. Booktuber é profissão? “Existe muita gente vivendo de Youtube hoje em dia, mas a renda que você vai ganhar é proporcional à dedicação e ao esforço que você colocar naquele trabalho; leva tempo, até você encontrar o seu público, aprender a falar com a câmera e fazer uma divulgação legal”, finaliza Assis. Crédito: Mariana Franco. Augusto Assis, booktuber e membro da cabine literária.


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