10 PROFISSÕES NOVAS por Amanda Peterson, Marjorie Slivinski e Thaynara Moretti A revolução dos robôs está por começar A consultoria Boston Consulting Group (BCG) prevê que já na próxima década, o investimento em robôs industriais vai acelerar e muito. Como consequência, em 2025, o custo em trabalho de fabricação será reduzido em 16% e substituído por máquinas. Países como Coréia do Sul, Japão, Alemanha, China e Estados Unidos já estão trabalhando para isso. No caso do Brasil, essa implementação da robótica pode ser um pouco mais lenta devido ao país ainda estar em desenvolvimento. Nos EUA, para fabricar um automóvel com um robô custa em torno de U$8 por hora e para o trabalhador paga-se U$25. Para a maioria dos fabricantes, a dificuldade em substituir o trabalho humano pelos robôs, está na economia crítica e nas limitações técnicas. Testes de sensores de visão, sistemas de aperto e tecnologia da informação já estão bastante avançados, segundo a BCG. Já os trabalhos manuais estão cada vez menos valorizados, o que prejudica as pessoas que baseiam sua renda nessas atividades. A artesã Marcia Pimenta, de 42 anos, já vê a diferença de alguns anos atrás para os dias atuais. O talento veio de geração em geração. Desde muito nova já exercitava suas habilidades para o crochê e o tricô, tinha amigas que faziam o mesmo, e abandonaram por achar que dava muito trabalho para fazer. “Hoje em dia somente minha família ou conhecidos próximos fazem encomendas. O custo e a desvalorização dos trabalhos manuais fizeram com que isso acontecesse. As pessoas preferem comprar o que vem das indústrias, o que é feito pelas máquinas, procuram pelo menor preço”, acrescenta a artesã. A solução para a queda de algumas profissões O desaparecimento de algumas profissões quer dizer que o desemprego aumentará? Talvez. A previsão para o futuro, segundo o especialista em Recursos Humanos, Leonardo Tavares, é de que serão exigidas cada vez mais uma habilidade específica e competências sociais. A saída, de acordo com Tavares, é garantir que todos se beneficiem do avanço tecnológico, buscando conhecer mais sobre as novas tecnologias e não ter como foco apenas as habilidades técnicas, mas o conhecimento permanente e atualizado. É o caso da Karina Karam, que aos 24 anos trabalha como consultora de imagem e personal stylist, profissão que não é tão presente no Brasil. A consultora, formada em Administração, sempre teve proximidade com o mundo da Moda, trouxe sua paixão desde a infância para a vida adulta, transformando- -a em uma competência pessoal, teve sua base em sites estrangeiros, buscou cursos específicos relacionados à moda e hoje trabalha na área corporativa, fazendo dresscode para empresas (um tipo de manual de como se vestir no trabalho) e na construção de imagem de uma pessoa, tratando desde aspectos psicológicos, ajudando na autoestima, até aspectos fisiológicos, como cor da pele, do cabelo e tipo sanguíneo. O estudante de Publicidade e Propaganda, Leonardo Bacci, aos 20 anos, utilizou o YouTube a seu favor. Criou o canal “Bom dia Léo”, onde conta suas histórias de vida de forma engraçada e fala sobre os mais diversos assuntos. Hoje, com 23 anos, seu canal já está na faixa dos 500 mil assinantes e toda a sua renda financeira vem dos vlogs que faz. O vlogger, que sempre teve facilidade com edição, utilizou dessa qualificação para poder deixar seus vídeos de forma clara, divertida e interessante para seus assinantes. “O que eu mais gosto é a liberdade de poder ser criativo e construir novas ideias. Ou seja, no meu canal posso fazer o que eu quiser. A única parte ruim disso tudo é gravar os vídeos sozinho, apenas eu, a câmera e o computador”, conclui Léo. O segredo é fazer o que ama O mercado está em busca de pessoas talentosas que amam e são especialistas naquilo que fazem. É Crédito: Arquivo pessoal. Leonardo Bacci, youtuber. Crédito: Arquivo pessoal. Crédito: Arquivo pessoal. Karina Karam, consultora de imagem e personal stylist. Artesã Marcia Pimenta.
Revista Origens no4
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