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Revista Origens no4

8 CIRCO por Ana Beatriz Felicio, Lucas Frizzo e Rafhaella Bonadio legenda legenda legenda legenda legenda Hoje tem palhaçada? TEM SIM SENHOR! Os primeiros palhaços surgiram no Egito antigo e eram parecidos com os bobos da corte da Europa na Idade Média, só que com uma diferença: eles também eram figuras religiosas, assim como os padres. Nessa época, os tais palhaços usavam roupas feitas com o mesmo tecido que revestia os colchões, a palha. Então a palavra “palhaço” vem, literalmente, de “palha ”. O palhaço clássico, que pinta o rosto de branco e exagera as suas expressões apareceu no teatro grego há mais de 2.000 anos e pintava o rosto dessa forma para ser visto pelo público, pois naquela época não havia luz elétrica. Já o palhaço brasileiro, diferente do europeu, falava muito, era mais conquistador, malandro, seresteiro, tocador de violão e possuía um humor picante. Há cerca de 100, atrás o preconceito já existia até mesmo debaixo das lonas, uma vez que não se admitiam palhaços negros. No Brasil, o primeiro palhaço negro que se têm notícias é Benjamin, já no início do século XX. O dia 27 de março, foi escolhido para comemorar o Dia Nacional do Circo, homenageando o famoso palhaço Piolin, que nasceu 27 de março de 1897. O interessante é que o dia do Palhaço é só dia 10 de dezembro! que o artista pode obter um atestado de capacitação profissional além de ser reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Para conseguir um Registro Profissional, o artista circense pode recorrer ao SATED (Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões) e apresentar seu currículo com comprovações de espetáculos, apresentações de números, performances, cursos etc. Outro requisito é um mínimo de três anos de formação/ experiência, além de passar por uma avaliação que analisa a escolaridade. Apesar de todas as dificuldades, os profissionais concordam que não trocariam a vida do circo por nada. Manuel Moura, 69, sempre viveu de circo, era domador de animais e conheceu o Brasil inteiro. Atualmente, já aposentado, mora em um pequeno trailer localizado nos fundos de um circo, em Osasco. “Não tenho nenhum arrependimento profissional”, declara Moura com um sorriso nos lábios. “O circo me ofereceu experiências que não poderia ter em outro lugar”. Para as pessoas que queiram se aventurar na profissão, o malabarista e equilibrista, Thiago Oliveira, 29, explica que não há um limite máximo de idade, porém “Quanto mais cedo você começar, melhor. Seu corpo se adapta com mais facilidade aos alongamentos e números de exercícios que precisem de força”. Ventura completa dizendo: “A gente não escolhe o circo, é o circo que escolhe a gente ”. Crédito: Ana Beatriz Feliciano, Raphaella Bonadio. Manuel Moura, ex domador.Vida dedicada ao circo.


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