Page 15

Revista Origens no4

Revista Origens 2015 15 mais chances de serem selecionados para um trabalho. “Assim que recebemos uma proposta, pedimos todos os dados e informações sobre a produção para podermos apresentar pets que encaixem com o perfil desejado pelo cliente e caso as ações exijam mais do animal, sempre disponibilizamos um adestrador profissional”, diz Deborah. Os cães de comerciais recebem uma remuneração para cada trabalho, que é dividida entre o dono do pet e a agência. “Valores são negociados de acordo com o tipo de mídia, seja ela voltada a publicidade, documentário, institucional, corporativo ou impresso”, afirma Deborah, que diz que os cachês variam entre R$250,00 até R$3000,00 a diária, quase quatro vezes mais que um salário mínimo. Vaidade canina Os centros estéticos direcionados aos cães apareceram conforme a grande demanda de consumidores que surgiu. A empresa “CliniCanis”, coordenada pelo doutor Jefferson Garotti, trabalha com saúde e vaidade dos pets desde 1993 e possui uma linha de cosméticos voltada aos cães. A divulgação de seus serviços é feita através da Internet em todo o país. A dona da linha de cosméticos “PetGroom”, Simone Garotti, conta que os produtos tiveram como inspiração suas cachorras, que também são as modelos da linha. “Os produtos nasceram por causa delas. Através de uma brincadeira, acabaram acontecendo, e pensando nelas colocamos os nomes”, diz Simone. A dona da linha de cosméticos relata que quando precisam de outros modelos para a publicidade da empresa, o comportamento dos cães é o critério de escolha. “O que manda mesmo é o comportamento, tem que ser um cachorro que goste de público, não pode ser muito medroso. Às vezes precisamos de mais cães do que nós temos, então acabamos pegando cães de um cliente ou outro”. Os cães super-heróis A seleção de cães feita pelas agências publicitárias também ocorre com cachorros policiais, porém com outros objetivos. Os cães policiais precisam ter mais resistência física, seguindo um padrão. O ex-adestrador do Canil PMESP, Edvaldo Boni, conta que para a maioria dos policiais, o Pastor Alemão é o cão que mais se destaca. “O Pastor Alemão no meu ponto de vista e também de muitos policiais é o que mais se destaca em ser cão de polícia; gosta de trabalhar, é calmo, um líder de matilha, tem equilíbrio de combate e é fácil de ser adestrado”, diz Boni. O ex-adestrador conta que mesmo com um treinamento diferenciado e rígido, os cachorros são bem tratados e condicionados a se acostumarem com tipos de barulhos e situações que podem os incomodar. Após um tempo servindo a polícia, os cães podem se “aposentar”. “Os adestradores ou condutores têm direito a ficar com o cão quando eles se aposentam”, conta Boni, lembrando que os cães também podem ser doados. No corpo de bombeiros, os cães podem se aposentar a partir dos 8 anos de idade, permitindo que o condutor do cão durante seu período de trabalho também fique com ele. A cachorra Jade, uma pastora belga malinois, foi uma das heroínas em casos marcantes como o desmoronamento de São Mateus em 2008. Segundo o soldado Seuma do corpo de bombeiros Ipiranga, o escombro é o lugar preferido de Jade, onde ela mais O cabo Gérson e a cachorra Sara. Crédito: Bianca Bispo e Julia Pinto.


Revista Origens no4
To see the actual publication please follow the link above