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Revista ERREPÊ 360°

Escombros das casas no subdistrito de Bento Rodrigues FOTO: VITOR QUEIROZ Comunicação de Relações o improvisada tipos podem e diferentes que a pode diversos que é Civi de a os criadas com funções passar rando inacreditáveis 55 bilhões de litros de lama e resíduos, que escorreram diretamente para povoados como Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Ponte do Gama, Pedras e Barra Longa. Não houve sirenes ou avisos. Toda mobilização de salvamento foi feita pela própria população, através de telefonemas e alvoroços. Com o atraso na movimentação, infelizmente houve 18 fatalidades e o corpo de uma pessoa ainda não foi localizado. O cenário causado é assustador. Casas que antes eram personalizadas e representavam segurança, conforto e liberdade, tornaram-se todas da mesma cor avermelhada, com o mesmo vazio, compartilhando o mesmo sentimento das pessoas que ali viviam: saudades, não apenas do que viveram ali, mas do que poderiam ter ali vivido. A Samarco tem uma conta, com qual está arcando, que já pode ultrapassar a casa dos 20 bilhões de reais, mais do que sete vezes seu lucro no ano passado, e o valor pode subir mais ainda, já que o desastre ainda não acabou. Este é o valor que o Governo Federal, junto aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, estipularam para a ação judicial contra a mineradora e suas controladoras, a BHP Billiton e a Vale do Rio Doce. Segundo a revista Negócios, o valor de mercado da Vale despencou 14,3 bilhões de reais de um dia para o outro; já a BHP Billiton, 17 milhões de reais. Essa queda não está somente relacionada ao desastre em Mariana, mas à decaída do preço comercial do minério. A Samarco tem dinheiro suficiente para se manter em relação às multas e dívidas até o segundo semestre de 2016. Caso não exista possibilidade de pagar indenizações, a responsabilidade recai sobre suas donas, Vale e BHP. No caso Samarco e Mariana, houve uma gestão de crise um tanto falha em diversos aspectos, o desespero da população, a pressão midiática, a lentidão na tomada de decisões e informações aparentemente mal dadas. Primeiro que, logo após o incidente, o presidente da BHP, Andrew Mackenzie, se pronunciou assumindo a parcela de culpa que a empresa tem em relação ao desastre. Já a postura da Vale foi diferente, no princípio afirmaram que não tinham relação com o desastre e que quem controla as barragens, manutenção e inspeção é exclusivamente a Samarco. Mas após seis dias o presidente da Vale, Murilo Ferreira, se prontificou a ajudar e auxiliar no desastre. Um fato muito importante que não foi levantado é o de que Mariana em si não sofreu dano algum, tudo estava e continua intacto, o desastre só atingiu uma área a quilômetros de carro. 18 mortes confi rmadas e 1270 desabrigados. 11 mil toneladas de peixes mortos e 55 mil litros de lama espalhados. Somento pelos danos ambientas a mineradora recebeu cinco autos de infração do Ibama no valor de R$367 milhões em multas. O Ministerio Público de Minas Gerais e Espírito Santo requisitaram o início de um fundo emergencial. No total de R$1 bilhão, dinheiro que também serveria como “caução” caso a mineradoa venha à falência. Os estados de MG e ES junto ao Governo Federal derteminaram uma ação conjunta contra a mineradora com uma indenização no valor de R$20 bilhões. 23 Mariana em si não sofreu dano algum, tudo estava e continua intacto


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