Page 16

Revista ERREPÊ 360°

Errepê 360 - O curso de Relações Públicas não é moleza, e acreditamos que tudo vai se resolver quando chegar a formatura. Mas, na verdade, os reais desafios ainda estão por vir. Qual o maior desafio que o profissional de RP encara após o termino da faculdade? Guilherme Alf - Acho que o maior desafio é: “Me formei, e agora?” Quando você é médico ou um dentista é muito claro o que vai fazer. RP é muito amplo, talvez seja a coisa mais legal dessa formação, a multidisciplinaridade, mas que às vezes também atrapalha porque te deixa sem foco e um pouco confuso. Então eu concordo, o dia da formatura não é o dia do fim, seus problemas estão só começando, e a partir daqui a vida adulta é bem mais difícil. O desafio principal é saber o que tu vai fazer, o desafio número dois é buscar mais conhecimento porque a faculdade dá a base, mas não te deixa pronto pro mercado. Errepê 360 - Ao fim da graduação, como foi a sua experiência com o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)? O cliente era de que setor? Quais foram os mestres que lhe inspiravam na época? GA - Bah, eu sou muito ruim de inspiração acadêmica, a minha formação aconteceu totalmente na prática, das experiências que vivi e das pessoas que acabaram me inspirando fora do meio acadêmico. Meu TCC foi sobre uma banda em que eu tocava e produzia na época, teoria de públicos do Fabio França. Quando eu fiz a faculdade era muito imaturo então eu não lembro muito bem, minha maturidade foi sendo formada após a faculdade. Errepê 360 - Algumas pessoas começam faculdade mais tarde, por não conseguirem decidir o que cursar. Qual conselho você daria quem começou “tarde” na profissão? GA - Quem começa mais tarde tem a vantagem de ser mais maduro, nesse caso, vai aproveitar muito mais o conteúdo do que a molecada que está descobrindo muita coisa ainda, que está curtindo festa.Porque faculdade é isso, tem que aproveitar, mas vantagem de ser mais velho é o aproveitamento que se vai ter e a disposição e maturidade, que é o seu maior valor nesse momento. Errepê 360 - Conte-nos um pouco das suas experiências como palestrante. Indicaria para aqueles que querem seguir o caminho? GA - Dentre as coisas que faço, o que eu mais gosto é palestrar, mas acho que isso não é uma profissão,e sim uma consequência. O palestrante está virando novo DJ (risos), então todo mundo está querendo virar um. Porém, é um puta caminho, e as pessoas têm que entender a responsabilidade da tarefa e se preparar para isso. Eu vejo gente com bom conteúdo, mas que não se prepara para transmiti-lo, desde como falar até como passar o Power Point envolve muita coisa. Faz quatro anos que sou palestrante, comecei em faculdades, fui para eventos de comunicação como um todo e agora estou na parte corporativa. Eu me preparo para isso, não é tão simp les como parece. Errepê 360 - Qual foi a sua primeira experiência como RP? GA - Estava na escola pública ainda, devia ter uns 13 anos, e criei um festival. Na época tinha a febre do Armandinho (cantor de reggae), eu consegui o telefone dele, liguei e o chamei para tocar. Foi massa! Então,foi minha primeira experiência e eu nem imaginava que 20 anos depois estaria trabalhando com isso. Errepê 360 - Como surgiu o coletivo “Todo mundo precisa de um RP”, que tem como objetivo acelerar o mercado de RP no Brasil? “Uma coisa importante é se preparar para o mercado porque a faculdade te dá base, que é a função dela, ela te oferece conhecimento, mas o resto depende de cada um” 16 | Entrevista


Revista ERREPÊ 360°
To see the actual publication please follow the link above